Orbán quer esperar posse de Trump antes de estender sanções antirrussas, revela Bloomberg

A Hungria bloqueou a renovação das sanções da UE contra a Rússia, levantando preocupações sobre a unidade do bloco.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, teria se recusado, na cúpula da UE realizada na quinta-feira em Bruxelas, a avançar para uma nova extensão das sanções da UE contra a Rússia, informou a agência Bloomberg nesta sexta-feira, com base em fontes. 

As sanções estão em vigor desde 2022 e precisam ser prorrogadas a cada seis meses.

Orbán, segundo as fontes, quer esperar até a posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que ele considera seu aliado político, antes de fazer um pronunciamento sobre a extensão de seis meses. 

Como a extensão exige o apoio unânime de todos os 27 estados-membros, a recusa de Budapeste é suficiente para vetá-la, explica Bloomberg. 

No entanto, dias antes, a Hungria não impediu a adoção do 15º pacote de sanções da UE, contra 54 indivíduos e 30 entidades da Rússia, principalmente empresas de defesa e de transporte.

Parte das restrições inclui uma série de "agentes chineses que fornecem componentes de drones e microeletrônicos" para o país vizinho.

O artigo também destaca que as autoridades da UE estão preocupadas com a possibilidade de um acordo entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, e com a perspectiva de Orbán se associar ao novo inquilino da Casa Branca, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, rompendo a unidade do bloco em relação ao apoio financeiro e militar ao regime de Kiev.