EUA liberam homem que passou 17 anos em Guantánamo sem acusações formais

Segundo o Pentágono, o queniano já não era considerado uma ameaça à segurança nacional dos EUA desde 2021, quando o conselho da revisão periódica recomendou que o detido "fosse transferido, sujeito a garantias de segurança adequadas".

O Departamento de Defesa dos EUA anunciou, na terça-feira, a transferência de Mohamed Abdul Malik Bajabu, um homem que passou 17 anos detido na prisão de Gantánamo sem acusação oficialmente determinada.

Bajabu, acusado de envolvimento com a al-Quaeda e detido pelas autoridades no Quênia, foi libertado para ser transferido de volta ao seu país de origem

Segundo o Pentágono, o queniano já não era considerado uma ameaça à segurança nacional dos EUA desde 2021, quando o conselho da revisão periódica recomendou que o detido "fosse transferido, sujeito a garantias de segurança adequadas". Mesmo assim, a medida foi tomada só na última terça-feira.

A libertação de Bajabu foi seguida pelo repatriamento de mais dois detidos, Mohamed Farik bin Amin e Mohamed Nazir bin Lep, para a Malásia. Ambos tinham se declarado culpados perante uma comissão militar de violar as leis da guerra ao cometer homicídio, infligir ferimentos graves, destruir propriedades e conspirar.

Atualmente, 27 detidos permanecem em Guantánamo, 15 dos quais são elegíveis para transferência e três para o conselho de revisão periódica. Sete deles estão passando pelo processo de comissão militar e outros dois foram considerados culpados e acabaram sendo condenados por comissões militares.