Zelensky diz apoiar plano de Macron sobre envio de tropas e insiste que Ucrânia torne-se membro da OTAN

O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, comentou na quinta-feira sobre a possibilidade do envio de tropas de outras nações europeias para a Ucrânia.

Durante uma conferência de imprensa na cúpula da UE em Bruxelas, Zelensky disse que seu país apoia a iniciativa do presidente francês Emmanuel Macron, que levantou em fevereiro a possibilidade das nações europeias enviarem tropas para a Ucrânia.

"Questão artifical"

O líder do regime ucraniano, no entanto, afirmou que seria necessário conhecer todos os detalhes sobre essa possibilidade, demonstrando preocupação com o eventual envio das tropas europeias para a Ucrânia, temendo que isso poderia ser na verdade uma "questão artificial".

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"Dizemos que isso poderia fazer parte das garantias de segurança. Não é preciso dizer que a OTAN é a melhor garantia de segurança para a Ucrânia. E, é claro, até que a Ucrânia se torne membro da OTAN, essa opção pode ser considerada como uma alternativa", disse o líder do regime de Kiev. "Mas o mais importante é que não se trate de uma questão artificial, de um volte-face. Precisamos ter um mecanismo concreto", acrescentou.

Referindo-se ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, Zelensky afirmou que deseja muito que o futuro inquilino da Casa Branca fique do seu lado no conflito russo-ucraniano. "Quero compartilhar com ele mais detalhes, e nisso estou contando com tempo, para conversar, pensar, ouvir seu ponto de vista e mostrar nosso ponto de vista", concluiu. 

• Na quarta-feira, a Reuters informou que países europeus estão considerando enviar tropas para a Ucrânia no caso de um cessar-fogo ou acordo de paz. As fontes da agência dizem que o contingente poderia ser baseado em uma coalizão de cinco a oito países, incluindo Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Polônia. O número de tropas, de acordo com a publicação, poderia variar de 40.000 a 100.000.