O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi destaque na mídia nacional e internacional nesta segunda-feira ao ser declarado 'persona non-grata' pelo Governo de Israel após ter feito uma comparação entre a situação na Faixa de Gaza e o Holocausto perpetrado pela Alemanha Nazista.
As falas de Lula tiveram repercussão em toda a esfera política brasileira. Figura conhecida da diplomacia brasileira, o ex-chanceler e atual assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, foi enfático ao afirmar que Lula não deveria desculpar-se pela frase proferida.
Em um comunicado ao g1, Amorim classificou como "absurda" a decisão de Israel de considerar o presidente brasileiro como 'persona non-grata':
Isso é coisa absurda. Só aumenta o Isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel”.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) lamentou as declarações de Lula em sua conta social do X. Segundo a congressista, a fala de Lula contribui para "alimentar com mais ódio" a situação.
A reação da deputada, entretanto, foi refutada por ativistas políticos como Jones Manoel:
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) enfatizou que as palavras de Lula foram "dirigidas ao governo de extrema-direita de Israel, e não aos judeus". A política diz ainda que o Governo israelense deveria "envergonhar-se de seus crimes contra a humanidade".
Figuras da oposição, como a deputada federal Carla Zambelli foram mais enfáticos em suas críticas às declarações de Lula. Zambelli, em sua conta social no X, além de rejeitar as palavras proferidas por Lula, anunciou a coleta de assinaturas para entrar com um pedido de impeachment.