
País africano processa Apple por minerais 'sujos de sangue'

A República Democrática do Congo (RDC) apresentou queixas criminais contra subsidiárias da gigante norte-americana Apple na França e na Bélgica, segundo comunicado divulgado na terça-feira.
As filiais são acusadas de utilizarem minerais "sujos de sangue", extraídos de minas controladas por grupos armados no leste do país, uma região marcada por conflitos e violência contra civis.

Além disso, a RDC acusa as subsidiárias de acobertamento de crimes de guerra, lavagem de metais contaminados, manuseio de bens roubados e práticas comerciais enganosas, em ações judiciais separadas.
A equipe jurídica afirmou que os aparelhos da empresa de tecnologia são fabricados com estanho, tântalo e tungstênio "saqueados da RDC e lavados por meio de cadeias de suprimentos internacionais".
"Essas atividades alimentaram um ciclo de violência e conflito ao financiar milícias e grupos terroristas e contribuíram para o trabalho infantil forçado e a devastação ambiental", acrescenta o comunicado.
A ex-colônia belga é o maior produtor mundial de cobalto, mineral essencial para baterias usadas em produtos eletrônicos como celulares e veículos elétricos.