
Zakharova: declarações dos EUA sobre não estarem envolvidos no assassinato de Kirilov são ridículas

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, classificou como "ridícula" a declaração do Departamento de Estado dos EUA negando seu envolvimento no assassinato do chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica, Igor Kirilov, ocorrido nesta terça-feira em Moscou.

"É ridículo ouvir aqueles que criaram o regime de Kiev, o patrocinam, dão dinheiro e fornecem armas de forma incontrolável, afirmarem sua pseudo-inocência", criticou Zakharova.
"As provas são claras: Washington nunca condenou nenhum ataque terrorista ou assassinato planejado pelo regime de Kiev", acrescentou.
Em suas redes sociais, ela definiu o ocorrido como "mais um ataque terrorista" e afirmou que o ato é resultado da "aprovação ocidental dos crimes de guerra cometidos pelos militantes do regime de Kiev".
O general Igor Kirilov e seu assistente, Ilya Polikarpov, foram mortos em frente a um prédio residencial "em um momento em que as pessoas iam para o trabalho, e as crianças para a escola ou o jardim de infância", declarou Zakharova.
"Onde está a reação dos países estrangeiros? Onde estão os 'civilizados'? Onde estão os 'imparciais'?", questionou.
A porta-voz também condenou o fato de que, ao invés de uma resposta oficial, a mídia ocidental tenha apenas relatado que Kirilov seria "um alvo absolutamente legítimo", segundo os serviços de segurança ucranianos.
"A investigação determinará os detalhes: quem matou, quem ordenou. Mas já está claro que há uma terceira categoria de criminosos: os que incentivam e alimentam tais atos", disse Zakharova. "Todos que celebram ataques terroristas ou deliberadamente os silenciam são cúmplices. E o silêncio do secretário-geral da ONU é um sinal claro de corrupção", concluiu.
Atentado em Moscou
Kirilov e seu assistente foram mortos na manhã de terça-feira, em Moscou, após a explosão de um dispositivo na entrada de um prédio residencial. Imagens do momento do ataque mostram os dois homens saindo do edifício pouco antes da detonação.
O Comitê Investigativo Russo abriu um processo criminal com base nos artigos 105, 205 e 222 do Código Penal Russo, que tratam de assassinato, terrorismo e tráfico ilegal de armas e munições. Segundo as autoridades, o suspeito de cometer o atentado é um cidadão do Uzbequistão recrutado pelo regime de Kiev, que foi preso.
Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, declarou que Washington não apoia nem facilita atividades como o assassinato do general Kirilov. "Não estamos envolvidos nisso", afirmou.