A China executou um ex-funcionário da Região Autônoma da Mongólia Interior, Li Jianping, condenado por corrupção no valor total superior a 3 bilhões de yuans (aproximadamente R$ 2,5 bilhões), informou nesta terça-feira a agência de notícias chinesa Xinhua.
Li foi condenado por crimes de corrupção, suborno, apropriação indébita de fundos públicos e associação a um sindicato criminoso.
Ele havia sido inicialmente condenado à morte em setembro de 2022, após as autoridades descobrirem que ele havia aproveitado sua posição como funcionário público para desviar recursos.
O ex-funcionário perdeu uma apelação em agosto deste ano, e o veredicto foi então aprovado pela Suprema Corte Popular da China.
De acordo com a imprensa chinesa, a justiça verificou que Li desviou mais de 1,437 bilhão de yuans (aproximadamente R$ 1,2 bilhões) de fundos de empresas estatais "por meios enganosos", sendo que mais de 289 milhões de yuans (R$ 240 milhões) ainda não foram recuperados.
Ele também recebeu mais de 577 milhões de yuans (cerca de R$ 487 milhões) em subornos em troca de benefícios e desviou mais de 1,06 bilhão de yuans (aproximadamente R$ 844 milhões) em fundos públicos, dos quais mais de 404 milhões de yuans (cerca de R$ 339 milhões) ainda não foram recuperados antes de o caso ser exposto.
A mídia informou que Li teve a oportunidade de se encontrar com seus parentes mais próximos antes da execução.
Luta contra corrupção
Em novembro, o ex-presidente do Banco da China, Liu Liange, foi condenado à morte, com pena suspensa por dois anos, por aceitar subornos no valor de mais de 121 milhões de yuans (aproximadamente R$ 96,9 milhões) e conceder empréstimos ilegais.
Na segunda-feira, o presidente chinês, Xi Jinping, defendeu a necessidade de "continuar a promover a revolução interna" para combater a corrupção no Partido Comunista do país.
"Devemos combinar esforços para melhorar o estilo de trabalho, disciplina e anticorrupção, sempre aderir ao tom rigoroso, medidas rigorosas e atmosfera rigorosa", declarou o mandatário em um artigo publicado na revista Quishi.