O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, declarou à Kossuth Radio que Kiev rejeitou o pedido do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, de conversar por telefone com o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky.
Szijjarto informou que o líder húngaro teve uma conversa telefônica com o presidente russo Vladimir Putin nesta semana por mais de uma hora e depois expressou seu desejo de falar com Zelensky. Nesse contexto, o chanceler húngaro enfatizou que havia informado o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia e o chefe do gabinete do presidente ucraniano sobre o pedido, porém, "em um gesto sem precedentes na diplomacia", esse pedido foi rejeitado.
Ao mesmo tempo, Szijjarto disse que "a missão de paz húngara tem feito o melhor que pode nos últimos seis meses", tentando encerrar o conflito por meio de negociações durante a presidência rotativa húngara do Conselho da UE. "Há uma oferta na mesa como não vimos nos últimos 1.000 dias", afirmou, referindo-se à proposta de Budapeste para um cessar-fogo de Natal e uma troca de prisioneiros em massa entre Moscou e Kiev, que foi considerada aceitável pelo lado russo e rejeitada pela Ucrânia.
Anteriormente, Zelensky comentou sobre o fato de os líderes russo e húngaro terem falado sobre a paz no conflito ucraniano. "Todos nós esperamos que Viktor Orbán não chame pelo menos também [o ex-presidente sírio Bashar al] Assad a Moscou para ouvir suas palestras de uma hora", escreveu ele em seu canal no Telegram. Após esses comentários, o líder húngaro admitiu que Zelensky "rejeitou claramente" seus esforços para alcançar a paz.