A taxa de mortalidade por aids caiu para 3,9 óbitos por 100 mil habitantes no Brasil em 2023, de acordo com o boletim epidemiológico de HIV e aids divulgado pelo Ministério da Saúde.
Desde 2013, houve uma redução de 32,9% no coeficiente de mortalidade no país, tendência acompanhada pela maioria dos estados, com exceção de Roraima, Sergipe, Alagoas e Rondônia.
Segundo o ministério, o combate à aids é uma das principais metas do programa Brasil Saudável, que busca eliminar ou reduzir 14 doenças que afetam de forma mais intensa populações em situação de maior vulnerabilidade social. Ainda de acordo com o ministério, o governo brasileiro é o primeiro do mundo a adotar um programa desse tipo.
Alta de casos
O boletim também registrou um aumento de 4,5% no número de casos diagnosticados em 2023, em comparação a 2022.
Para o ministério, isso reflete a ampliação da capacidade de diagnóstico dos serviços de saúde e a maior disposição das pessoas em realizar os testes pela primeira vez.
Em 2023, o Brasil alcançou uma das metas da ONU ao identificar 96% das pessoas que poderiam estar infectadas pelo HIV sem saber.
O uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) também foi destacado, com o número de usuários subindo para 109 mil em 2024, em comparação a 50,7 mil em 2022.
Perfil de doentes
O perfil das pessoas infectadas pelo HIV em 2023 mostrou que 70,7% eram do sexo masculino, e 53,6% pertenciam ao grupo de homens que mantém relações sexuais com outros homens. A proporção de casos entre homens e mulheres foi de 2,7 para 1.
A maior concentração de casos ocorreu entre pessoas de 20 a 29 anos (37,1%). Além disso, 63,2% das infecções foram registradas entre pessoas pardas ou pretas, conforme o boletim.