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Ucrânia pede mais US$ 120 bilhões ao Ocidente para prolongar conflito com a Rússia

Valor solicitado supera os acordos anteriores com a OTAN, enquanto negociações sobre garantias de segurança avançam lentamente.
Ucrânia pede mais US$ 120 bilhões ao Ocidente para prolongar conflito com a RússiaGettyimages.ru / Andrii Atanov

A Ucrânia informou aos seus aliados que precisará de pelo menos US$ 120 bilhões até 2025 para prolongar o conflito contra a Rússia, segundo a agência de notícias ANSA, na segunda-feira, com base em fontes familiarizadas com o assunto.

De acordo com uma fonte militar, o valor solicitado é superior aos 40 bilhões de euros acordados durante a cúpula da OTAN em Washington, em julho. No entanto, ainda não está claro se Kiev aceitará o empréstimo de US$ 50 bilhões, que inclui ativos congelados da Rússia, assinado pelo G7 na última quarta-feira.

O tema pode ser discutido no próximo Conselho OTAN-Ucrânia, que ocorrerá em Bruxelas, na terça-feira, com a presença do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrey Sibiga.

Ao mesmo tempo, uma fonte diplomática da OTAN afirmou que não haverá "nenhum acordo" na conferência dos ministros das Relações Exteriores dos membros da Aliança Atlântica para convidar a Ucrânia a se juntar ao bloco.

"Não é assim que funciona", explicou, acrescentando que, se todos os chanceleres dos 32 países "decidirem recomendar aos líderes que convidem a Ucrânia, então a decisão já foi tomada".

Os "planos militares", continuou, estão sendo executados em várias capitais, mas não há discussões nas comunidades da OTAN. "Todos nós sabemos que, se houver um acordo de cessar-fogo, a primeira coisa que a Ucrânia pedirá serão garantias de segurança", disse.

"E isso poderia ser tropas em terra, mas de quais países? Há uma boa chance de que, dada a divisão de encargos com os EUA, as tropas sejam europeias", questionou.

"Quanto mais nos aproximarmos de algum tipo de negociação e de um possível cessar-fogo, mais importante será a questão e mais preparação será necessária, mas no momento ainda não chegamos lá e é por isso que nenhuma capital confirmará que há reflexões em andamento", concluiu a fonte.