
Cientistas russos criam pele artificial para tratar queimaduras e feridas crônicas

Cientistas da Primeira Universidade Médica Estatal de Moscou, a mais antiga instituição de ensino médico do leste europeu, desenvolveram uma pele artificial para o tratamento de feridas e queimaduras, conforme informou a imprensa russa na quarta-feira.
A nova pele, feita à base de colágeno, tem a função de proteger a ferida contra infecções e estimular o crescimento de novas células. À medida que a regeneração da pele ocorre, o material se degrada sem deixar vestígios, sendo gradualmente substituído pelos próprios tecidos do corpo.

Além de proteger os tecidos danificados contra infecções e garantir um acesso adequado ao oxigênio, o colágeno também ajuda na retenção de umidade, criando condições ideais para a cicatrização.
"O colágeno se incorpora perfeitamente à ferida, formando um microambiente natural para as células, o que favorece sua proliferação ativa. Além disso, ao contrário de outros materiais, o colágeno não é imunogênico, ou seja, não causará inflamação adicional, e o corpo não tentará rejeitá-lo como um corpo estranho", afirmou Artiom Antoshin, diretor do Centro de Desenvolvimentos Inovadores em Colágeno.
A pele artificial será, inicialmente, utilizada em procedimentos veterinários. No entanto, espera-se que, em até dois anos, o produto seja produzido para aplicações médicas.
A inovação tem o potencial de ser usada não apenas para tratar queimaduras, mas também para o tratamento de feridas crônicas que não cicatrizam.
