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Equador cancela sua decisão de fornecer armas russas aos EUA

A decisão de entregar equipamentos obsoletos a Washington, anunciada em janeiro pelo presidente Daniel Noboa, provocou objeções de Moscou, alegando que esse fornecimento violaria obrigações contratuais.
Equador cancela sua decisão de fornecer armas russas aos EUAGettyimages.ru / Enríque López / Press South

O Equador voltou atrás em sua decisão de fornecer armamento russo aos Estados Unidos, noticiou a RIA Novosti.

Em janeiro, o presidente equatoriano Daniel Noboa anunciou que seu país planejava trocar equipamentos obsoletos, "sucata ucraniana e russa, por equipamentos modernos no valor de US$ 200 milhões" com os EUA até o final de janeiro.

Por sua vez, a ministra equatoriana de Relações Exteriores e Mobilidade Humana, Gabriela Sommerfeld, garantiu que "não há nada de novo" na decisão do Equador, já que "ela não viola nenhum regulamento" e "não é ilegal". De acordo com a ministra das Relações Exteriores, "esse equipamento não é operacional" e seu país "pode cancelá-lo, vendê-lo, doá-lo ou trocá-lo".

A Rússia declarou sua posição ao Equador sobre a transferência de material militar para os Estados Unidos. "No caso de transferência de propriedade militar para um terceiro, o Equador violará suas obrigações internacionais, e isso pode ter consequências negativas para nossa futura interação bilateral", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Segundo Zakharova, as disposições dos contratos especificam que o equipamento não deve ser transferido a terceiros sem o consentimento do lado russo. "Tudo isso foi levantado com o lado equatoriano, invocando as cláusulas dos tratados e acordos relevantes", disse, referindo-se às possíveis consequências para Quito.

Enquanto isso, o vice-secretário adjunto do Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA, Kevin Sullivan, sugeriu em uma entrevista neste mês que esses equipamentos russos poderiam ser enviados à Ucrânia.