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EUA justificam ocupação israelense de territórios sírios

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA argumentou que "todos os países estariam preocupados com um possível vácuo que poderia ser preenchido por organizações terroristas em suas fronteiras".
EUA justificam ocupação israelense de territórios síriosLegion-media.ru / Jamal Awad / Xinhua

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, tentou justificar, nesta semana, a ocupação de territórios sírios nas Colinas de Golã pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).

"O Exército sírio abandonou suas posições em torno da zona de segurança negociada entre Israel e a Síria, criando potencialmente um vácuo que poderia ter sido preenchido por organizações terroristas que ameaçariam o Estado de Israel e ameaçariam os civis dentro de Israel", declarou Miller durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira.

Ele afirmou que "todos os países têm o direito de agir contra organizações terroristas" e que "todos os países estariam preocupados com um possível vácuo que poderia ser preenchido por organizações terroristas em sua fronteira", defendendo assim as ações israelenses.

Miller também defendeu a tese de que a ocupação israelense dos territórios sírios seria uma medida temporária para proteger as fronteiras do país. Segundo ele, os EUA não desejam ver um vácuo nas Colinas de Golã que "as organizações terroristas possam preencher", nem um cenário de hostilidades na fronteira entre Israel e Síria.

"O que queremos ver é uma estabilidade duradoura entre Israel e a Síria, e isso significa que apoiamos que todas as partes respeitem o acordo de retirada de 1974 [...] e isso inclui os termos das zonas de amortecimento, que preveem a retirada de Israel para sua posição anterior", destacou o porta-voz.

As FDI assumiram o controle da zona tampão das Colinas de Golã nesta semana, justificando as ações como medidas de "defesa" para evitar ameaças. O Exército israelense também declarou que continuará destruindo "armas estratégicas" para impedir que caiam nas mãos de forças hostis.