Notícias

Lavrov: Rússia espera que a Colômbia entenda o perigo de participação de mercenários na Ucrânia

Chanceler russo enfatizou que Moscou tem chamado repetidamente a atenção do Ocidente sobre a participação de mercenários estrangeiros nos combates, mas "nada acontece".
Lavrov: Rússia espera que a Colômbia entenda o perigo de participação de mercenários na UcrâniaAP / Efrem Lukatsky

Moscou espera que as autoridades da Colômbia percebam o perigo das consequências da participação de mercenários colombianos nas hostilidades na Ucrânia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, nesta sexta-feira.

"O mercenarismo é uma prática perigosa, porque no final, quando sua missão em algum país termina, as pessoas que não sabem nada mais do que realizar ataques terroristas, atirar e matar têm que ir para outro lugar", declarou Lavrov, acrescentando que espera que "a liderança colombiana entenda isso muito bem, assim como os líderes de outros países".

De acordo com o chanceler russo, "é provável que [os mercenários] retornem [para casa], e na Colômbia há alguém com quem discutir e sempre houve alguém com quem competir".

Lavrov também enfatizou que "quando se tenta encantar aos maiores países do mundo [...] sob o slogan da 'fórmula de paz' do Zelensky como uma abordagem não alternativa para um acordo, provavelmente é necessário, no mínimo, mostrar que todo o mundo tem entendimento e não quer jogar esse jogo". "Parte desse problema, é claro, é o mercenarismo, que deve ser combatido", enfatizou.

Nesse contexto, o chefe da diplomacia russa denunciou que o problema dos mercenários está amplamente relacionado "à violação flagrante, por parte das embaixadas ucranianas, da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", o que "é ultrajante".

Lavrov enfatizou que Moscou chamou repetidamente a atenção do Ocidente para isso, mas "nada acontece". "Em algum momento, essa atividade de recrutamento se acalmou, mas depois [...] foi retomada novamente", lamentou.

Entre outras coisas, o ministro russo observou que vários mercenários de diferentes países chegam à Ucrânia para se juntar às suas Forças Armadas, mas em algum momento "eles terão uma epifania". Além disso, observou que "muitos mercenários norte-americanos e britânicos já disseram publicamente, diante das câmeras, que estão totalmente decepcionados" com "os altos objetivos supostamente democráticos proclamados pelo regime de Kiev e seus patrocinadores ocidentais".