Presidente sul-coreano pede desculpas ao povo por ter imposto lei marcial

Yoon Suk-yeol prometeu não se esquivar da responsabilidade legal por sua decisão e que nunca haverá uma segunda lei marcial no país.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, dirigiu-se à nação na manhã deste sábado para pedir desculpas pela imposição da lei marcial nesta semana.

Em seu discurso, o presidente explicou que a medida imposta na noite de terça-feira (3) e revogada poucas horas depois "foi motivada por um senso de urgência" que ele tinha como presidente, mas que "causou ansiedade e inconveniência ao povo".

"Sinto muito e peço sinceras desculpas às pessoas que possam ter sido surpreendidas. Não vou me esquivar da questão da responsabilidade legal e política com relação à declaração da lei marcial", disse Yoon, citado pela agência Yonhap.

Ao comentar os rumores de uma possível restauração da medida, o presidente garantiu que "nunca haverá uma segunda lei marcial".

Yoon também anunciou sua intenção de confiar ao partido governista a elaboração de um plano para estabilizar o país, incluindo a questão de seu mandato, e garantiu que o partido e o governo "assumirão conjuntamente a responsabilidade pela administração dos assuntos do Estado".

"Ele não pode exercer suas funções normais"

O líder do partido governista Poder Popular, Han Dong-hoon, por sua vez, falou sobre a inevitabilidade da destituição do presidente.

"A saída antecipada do presidente Yoon Suk-yeol é inevitável", disse ele aos repórteres na Assembleia Nacional após o discurso do mandatário. "O presidente não pode desempenhar suas funções normais",acrescentou.

Han disse que seu partido consideraria "o melhor caminho para a República da Coreia e o povo no futuro".