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'As condições que herdamos eram inaceitáveis' - Lula sobre a antiga proposta de acordo UE-Mercosul

Segundo o presidente brasileiro, a versão atual do acordo "reconhece as credenciais ambientais do Mercosul" e inclue mudanças significativas para prevervar interesses do bloco sul-americano.
'As condições que herdamos eram inaceitáveis' - Lula sobre a antiga proposta de acordo UE-MercosulGettyimages.ru / picture alliance

O Acordo de Livre Comércio assinado nesta sexta-feira entre o Mercosul e a União Europeia é uma versão "moderna e equilibrada" que atende aos interesses dos países sul-americanos, afirmou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante o discurso na Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.

Assim, Lula destacou as mudanças no texto do acordo concordado em 2019, que ele chamou de "inaceitável".

"As condições que herdamos eram inaceitáveis", disse ele, acrescentando que "foi preciso incorporar ao Acordo temas de alta relevância para o Mercosul".

"Após dois anos de intensas tratativas, temos hoje um texto moderno e equilibrado, que reconhece as credenciais ambientais do Mercosul e reforça nosso compromisso com os Acordos de Paris", assegurou o presidente brasileiro.

Mudanças atingidas

O mandatário brasileiro enfatizou que os países do bloco sul-americano conseguiram preservar seus interesses em compras governamentais o que, segundo ele, deve facilitar a implementação de políticas públicas em várias áreas.

Além disso, o ponto do destaque foi alongamento do calendário da abertura do mercado automotivo do Mercosul. Segundo Lula, isso permitiu ao Mercosul "resguardar a capacidade do setor industrial".

O presidente também assegurou que o acordo atingido conta com mecanismos que não permitem retirada unilateral das condições atuais, o que deve proteger todas as concessões atingidas pelo Mercosul.

"Estamos assegurando novos mercados para nossas exportações e fortalecendo os fluxos de investimentos", garantiu Lula.