Os Estados Unidos rejeitaram as conclusões de um relatório da Anistia Internacional que acusa Israel de cometer genocídio durante sua ofensiva na Faixa de Gaza. A posição foi expressa nesta quinta-feira pelo porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel.
"Como vocês já nos ouviram dizer antes [...], não concordamos com as conclusões desse relatório. Continuamos a acreditar que as alegações de genocídio são infundadas", declarou.
Apesar disso, o porta-voz destacou a importância das organizações não governamentais e grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional, "no fornecimento de informações e análises sobre Gaza e o que está acontecendo lá".
"Continuamos a insistir em todos os momentos na prioridade moral e estratégica da conformidade de Israel com a lei humanitária internacional", acrescentou.
O relatório da Anistia Internacional alega que Israel, em sua guerra contra Gaza, busca destruir deliberadamente os palestinos por meio de ataques letais, demolição de infraestrutura essencial, ataques a hospitais e escolas, e bloqueio à entrada de alimentos, medicamentos e outros itens de ajuda.
- Na terça-feira (3), o secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou o bloqueio à ajuda humanitária na região. "Em meio às gigantescas necessidades humanitárias em Gaza, a ajuda está sendo escandalosamente bloqueada", afirmou, acrescentando que o "pesadelo" vivido na região não é causado por problemas logísticos.