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Zelensky impõe sanções contra a Geórgia e acusa primeiro-ministro de se alinhar a Putin
Protestos violentos da oposição pró-Ocidente crescem na Geórgia após suspensão de negociações com a União Europeia.
O líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, anunciou em seu canal no Telegram que impôs sanções contra autoridades da Geórgia.
"Acabo de assinar um decreto que implementa a decisão do Conselho de Segurança e Defesa Nacional sobre as sanções. Essas medidas são contra as autoridades georgianas que, neste momento, estão entregando a Geórgia a Putin [presidente da Rússia]", afirmou.
Zelensky declarou que, no cenário internacional, "se você não reage a tempo ou reage sem princípios, o resultado são décadas perdidas e países privados de liberdade".
Entre os alvos das sanções estão Bidzina Ivanishvili, fundador do partido Sonho Georgiano, e Irakli Kobajidze, primeiro-ministro da Geórgia.
Nos últimos dias, uma série de protestos tomou as ruas da Geórgia após o primeiro-ministro anunciar a suspensão das negociações para adesão à União Europeia até 2028 e as eleições parlamentares, cujos resultados não foram reconhecidos pela oposição.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou na segunda-feira que "tudo o que acontece na Geórgia é um assunto interno" do país e afirmou que Moscou não interferiu nem pretende interferir "nesses processos".
"Já vimos eventos semelhantes em outros países. Talvez o exemplo mais próximo sejam os acontecimentos da Maidan, na Ucrânia: todos os sinais apontam para uma tentativa de realizar uma 'revolução laranja'", acrescentou Peskov.