
'Jeitinho Mineiro' de fazer queijo é declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

As maneiras de fazer o Queijo Minas Artesanal, conhecidos como "jeitinho mineiro", foram reconhecidas nesta quarta-feira como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), comunicou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A votação foi realizada em Assunção, no Paraguai, durante reunião do Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial.
"O queijo não tem valor sem a parte humana. Por isso, não é simplesmente o queijo minas que se torna patrimônio, mas os modos de fazê-lo", disse Leandro Grass, presidente do Iphan, que acompanhou a decisão.

Grass também destacou que o reconhecimento reflete "a história do Brasil e da agricultura familiar". Para ele, o título aumenta a responsabilidade com a produção e com os envolvidos no processo.
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, ressaltou que o queijo minas "simboliza os modos de vida, o trabalho e o saber tradicional transmitido por gerações", além de refletir práticas sustentáveis e a história das comunidades nas montanhas mineiras.
O Queijo Minas Artesanal é produzido em pequenas propriedades rurais com leite cru de produção própria, sem o uso de equipamentos industriais.