Ministro da Defesa sul-coreano apresenta renúncia
O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, pediu desculpas aos cidadãos e anunciou sua renúncia, informou a agência de notícias Yonhap.
"Como Ministro da Defesa Nacional, sinto-me totalmente responsável e lamento ter causado confusão e preocupação à população pelo decreto da lei marcial", disse o agora ex-ministro, segundo a agência.
Além disso, ele enfatizou que assume "a responsabilidade por todos os eventos relacionados à lei marcial de emergência" e, portanto, apresentou sua renúncia ao presidente do país, Yoon Suk-yeol.
Segundo as informações, Kim Yong-hyun teria recomendado diretamente ao presidente sul-coreano que anunciasse a lei marcial decretada no país asiático na terça-feira.
Ele também observou que "os militares que exerceram funções ligadas ao estado de emergência da lei marcial seguiram ordens do ministro [da Defesa]", disse, acrescentando que "toda a responsabilidade" recai sobre o titular da pasta.
"Embora a lei marcial tenha sido suspensa e as pessoas estejam retornando às suas vidas normais, a situação política e de segurança interna não é fácil", afirmou Kim, acrescentando que o Ministério de Defesa do país leva a situação "muito a sério" e "fará todo o possível" para garantir a estabilidade e assegurar que suas operações não sejam prejudicadas.
"Nossas forças armadas manterão uma forte prontidão militar para apoiar a defesa nacional e a segurança pública, e continuaremos a realizar nossa missão principal", concluiu Kim Yong-hyun.
- O presidente Yoon Suk-yeol decretou lei marcial na terça-feira "para erradicar as forças pró-República Popular Democrática de Coreia e proteger a ordem constitucional". A decisão foi tomada depois que o partido de oposição acelerou a aprovação de um projeto de lei orçamental reduzido pela respectiva comissão parlamentar e apresentou moções de impeachment contra um auditor estadual e o procurador-chefe.
- No entanto, anunciou posteriormente que a medida seria suspensa na quarta-feira, 4 de dezembro.