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Na ONU, Rússia denuncia envolvimento ucraniano na ofensiva terrorista na Síria
"Terroristas ucranianos e sírios, movidos pelo ódio à Rússia e à Síria, estão cooperando", denunciou Nebenzia.
O representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, denunciou nesta quarta-feira, em uma reunião do Conselho de Segurança, o rastro da inteligência ucraniana na Síria, onde grupos terroristas lançaram uma ofensiva contra as forças governistas na semana passada.
"Gostaríamos de chamar atenção especial para o rastro da Diretoria Principal de Inteligência da Ucrânia na organização de atividades de combate e no fornecimento de armas para militantes que operam no sudoeste da República Árabe da Síria", denunciou o diplomata sênior.
Ele também indicou que, de acordo com as informações disponíveis, são os EUA e seus aliados que estão fornecendo apoio aos jihadistas.
Nesse contexto, Nebenzia reiterou que, na província síria de Idlib, há instrutores militares ucranianos da equipe de inteligência do país eslavo que prepararam os terroristas para os combates.
"Terroristas ucranianos e sírios, movidos pelo ódio à Rússia e à Síria, estão cooperando, tanto para recrutar combatentes para as Forças Armadas ucranianas quanto para realizar ataques contra as forças armadas russas e sírias na Síria".
O representante russo acrescentou que, na terça-feira, foi divulgado que especialistas ucranianos, acompanhados por ativistas, foram identificados em um centro de pesquisa em Aleppo.
De acordo com os dados disponíveis, os funcionários da inteligência eslava fornecem armas aos jihadistas em Idlib, incluindo veículos aéreos não tripulados e módulos criptografados por GPS, adicionou.
"Mais uma vez ficou claro que, sob o regime de Kiev apoiado pelo Ocidente, a Ucrânia se tornou um terreno fértil para o terrorismo internacional e ameaça abertamente a paz e a segurança internacionais, como evidenciado não apenas por seus ataques terroristas na Rússia, mas também por suas ações no Sahel e na Síria".
Sobre a presença do Ocidente na região, o diplomata sênior observou que os EUA e seus aliados aproveitam todas as oportunidades para criar o caos na Síria, tanto por meio de sanções para piorar a situação econômica do país quanto pelo apoio a terroristas em Idlib e a extremistas na República Árabe da Síria.
"Ao mesmo tempo, eles não hesitam em acobertar o Hayat Tahrir al Sham, apresentando a organização como a chamada oposição síria moderada", disse Nebenzia. "Esse duplo padrão é inaceitável e a luta contra os grupos terroristas internacionais reconhecidos como tal pelo Conselho de Segurança da ONU certamente deve continuar", acrescentou.