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China responde à ameaça de Trump ao BRICS

Pequim continuará aprofundando a cooperação com os outros membros do grupo, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país asiático.
China responde à ameaça de Trump ao BRICSGettyimages.ru / VCG/VCG

A China continuará ampliando a cooperação com outros integrantes do BRICS, mesmo diante da ameaça de tarifas mais altas feita pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian.

"A China está disposta a continuar trabalhando com os parceiros do BRICS para aprofundar a cooperação prática em diversas áreas e contribuir mais para o crescimento sustentado e estável da economia global", declarou o diplomata em uma coletiva de imprensa.

Lin Jian enfatizou ainda que o objetivo do grupo é promover o desenvolvimento e a prosperidade abrangentes, e não participar de "confrontos entre blocos" ou "atingir terceiros", ressaltou Jian.

Ameaça de Trump 

Trump advertiu recentemente que tarifas de 100% seriam aplicadas a produtos de países do BRICS caso o grupo criasse uma nova moeda ou apoiasse outra que competisse com o dólar.

"A ideia de que os países do BRICS estão tentando se afastar do dólar enquanto ficamos de braços cruzados acabou", escreveu Trump em sua conta na rede Truth Social.

"Exigimos um compromisso desses países de que não criarão uma nova moeda do BRICS nem apoiarão qualquer outra para substituir o poderoso dólar americano", continuou Trump. Ele alertou que, caso contrário, os membros do BRICS "enfrentarão tarifas de 100% e perderão o acesso à maravilhosa economia americana".

O político também argumentou que "não há nenhuma chance de os BRICS substituírem o dólar norte-americano no comércio internacional, e qualquer país que tentar isso deve se despedir dos Estados Unidos".

  • O BRICS, anteriormente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foi ampliado em janeiro deste ano para incluir Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
  • Cerca de 30 outros países demonstraram interesse em ingressar no grupo, que se consolidou como uma plataforma relevante para a cooperação entre mercados emergentes.