A Assembleia Nacional (parlamento sul-coreano) votou pelo bloqueio da lei marcial, decretado nesta terça-feira pelo presidente do país asiático Yoon Seok-yeol, informou a agência de notícias Yonhap.
Segundo a mídia, a resolução que pedia o fim da lei marcial foi aprovada com 190 membros presentes e 190 a favor.
O presidente do órgão, Woo Won-shik, também informou, conforme o veículo, que todos os soldados, que conseguiram entrar no edifício, estão abandonando-o.
Anteriormente, o envio de tropas para aplicar a lei marcial já tinha provocado confrontos entre cidadãos que compareceram ao local e bloquearam o acesso aos militares, segundo o veículo.
Trata-se da primeira vez desde 1980 que a lei marcial é aplicado no país. A decisão foi tomada depois que o Partido Democrata (PD) acelerou a aprovação de um projeto de lei orçamental reduzido pela comissão parlamentar relevante e apresentou moções de impeachment contra um auditor estadual e o procurador-chefe.
Após o lançamento do decreto, o comandante da lei marcial anunciou que todas as atividades relacionadas com a Assembleia Nacional e dos partidos políticos estão temporariamente proibidas.
A medida foi logo denunciada pela oposição, cujo líder Lee Jar-myung apelou para que pessoas aparecessem no parlamento. O líder do Partido do Poder Popular, no poder, Han Dong-hoon, também se opôs a decisão, chamando-a de "errada".