
Cientistas da Nova Zelândia estudam a baleia mais rara do mundo

Uma equipe interdisciplinar de cientistas da Nova Zelândia iniciou, na segunda-feira (02), a primeira dissecação de uma baleia-bicuda, considerada a espécie de baleia mais rara do mundo, informou a agência AP.
Conhecida como mesoplodon de Bahamonde ou zifio de Travers, a espécie é tão difícil de ser encontrada que nunca foi documentada viva e quase nada se sabe sobre ela.
Apenas sete exemplares tinham sido identificados até hoje, com base em amostras de esqueletos descobertos nos últimos 150 anos.

"Não consigo explicar o quanto isso é extraordinário", afirmou Anton van Helden, consultor principal de ciências marinhas da Agência de Conservação da Nova Zelândia, que estuda baleias-bicudas há 35 anos. "Para mim, pessoalmente, é incrível", acrescentou o especialista.
O exemplar macho que está sendo analisado foi encontrado em uma praia da Nova Zelândia em julho deste ano. A causa da morte é desconhecida.

Ainda não se sabe em qual parte do oceano essa espécie vive, por que nunca foi avistada em seu habitat natural ou como é seu cérebro. Cada indivíduo de baleia-bicuda apresenta sistemas estomacais únicos, e os cientistas ainda não sabem como elas processam seus alimentos.
O estudo do mamífero de 5 metros de comprimento, perfeitamente preservado, deve se estender por toda a próxima semana.
"Pode haver parasitas completamente novos para a ciência que vivem apenas nessa baleia", destacou van Helden, que também espera descobrir como a espécie produz sons e qual é sua dieta.
