O Ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, chegou a Moscou nesta semana como parte da iniciativa de paz do seu país para o conflito na Ucrânia.
Szijjarto se reuniu com seu homólogo russo, Sergey Lavrov, e, durante o encontro, alertou que o risco de escalada do conflito é o mais alto desde o início da guerra, devido a "recentes decisões perigosas e irresponsáveis". "Quando o risco de escalada é tão alto, acreditamos que é necessário focar nos esforços de paz", enfatizou o chanceler húngaro.
Ele também afirmou que uma solução para o conflito só pode ser alcançada por meio de negociações e afirmou que aqueles que fecham os canais diplomáticos e criticam os países que buscam manter o diálogo "não querem realmente a paz".
Lavrov, por sua vez, destacou que os países a favor da paz estão na posição correta, enquanto aqueles que defendem uma derrota estratégica da Rússia no campo de batalha "não representam os interesses nem de suas próprias nações".
O chanceler russo ainda declarou que muitas iniciativas para a paz estão sendo apresentadas por países de diferentes continentes, motivadas pelo desejo "sincero de estabelecer a paz".
Lavrov citou, como exemplo, a recente "rota da paz" proposta pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, além de várias outras iniciativas, incluindo as de China, Brasil, África do Sul e países árabes. "Estamos prontos para considerar todas elas", afirmou.
Em julho, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, visitou Moscou com uma agenda semelhante. Em diversas ocasiões, Budapeste tem reiterado o direito da Hungria de tomar decisões independentes em relação às suas relações com a Rússia.