
Primeiro-ministro da Eslováquia denuncia tentativas da UE de impedir sua visita a Moscou

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, denunciou no domingo as tentativas da oposição e do Parlamento Europeu de impedir sua visita a Moscou para participar do desfile do Dia da Vitória, em 9 de maio de 2025.
Em entrevista à televisão russa, Fico disse estar "atordoado" ao saber que eurodeputados da oposição eslovaca estavam tentando uma condenação no Parlamento Europeu contra sua viagem.
"Eu ainda nem viajei e eles já estão gritando. Isso demonstra um total desconhecimento da realidade. Ninguém pode dizer ao primeiro-ministro soberano de um país soberano para onde ele pode ou não viajar", declarou.

Fico classificou as ações da oposição como "miseráveis" e destacou que sua presença em Moscou será para comemorar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e a vitória sobre o fascismo, atribuindo à antiga União Soviética um papel fundamental nesse desfecho.
Críticas ao Ocidente e conflito na Ucrânia
Fico afirmou que a Ucrânia está "perdendo" o conflito e chamou a estratégia ocidental de derrotar a Rússia militarmente de "ilusão vazia".
O líder eslovaco também sugeriu que o líder do regime ucraniano estaria disposto a ceder território em troca da adesão à OTAN, mencionando que "ventos realistas" estão surgindo, possivelmente influenciados pela eleição de um novo presidente dos EUA.
O premiê confirmou ter aceitado o convite do presidente russo, Vladimir Putin, para participar do desfile em Moscou.
Ele também afirmou que viajará acompanhado do presidente sérvio, Aleksandar Vucic. "Compartilhamos a mesma visão sobre como combater o fascismo e respeitar os países que contribuíram para a libertação de nossos territórios ao final da Segunda Guerra Mundial", concluiu.
