Milhares de combatentes estrangeiros participam de ofensiva jihadista na maior cidade da Síria
Milhares de combatentes estrangeiros estão participando de uma ofensiva de grupos terroristas contra as forças do governo sírio, informou o Comando Geral do Exército e das Forças Armadas da Síria no sábado.
"Durante os últimos dias, as organizações terroristas armadas da chamada 'Frente Al Nusra' apoiadas por milhares de terroristas estrangeiros, armas pesadas e um grande número de drones, lançaram uma ofensiva em larga escala a partir de várias direções nas frentes de Aleppo e Idlib", afirma o comunicado.
A organização declarou que combates "ferozes" estavam ocorrendo em um território de mais de 100 quilômetros. Dezenas de soldados sírios foram mortos nos combates, disse a agência, acrescentando que os militares também ficaram feridos.
Redistribuição de tropas
Nessas condições, as Forças Armadas da Síria realizaram "uma operação de redistribuição com o objetivo de reforçar as linhas de defesa para absorver o ataque, preservar a vida de civis e soldados e preparar-se para uma contraofensiva".
O texto oficial relata que os grupos terroristas "conseguiram entrar em grande parte dos bairros da cidade de Aleppo durante as últimas horas, mas não conseguiram fortalecer suas posições devido aos contínuos ataques concentrados e poderosos" dos militares sírios.
O Comando Geral descreveu a redistribuição das tropas como "uma medida temporária" e prometeu que todo o possível seria feito para "garantir a segurança e a proteção de nosso povo na cidade de Aleppo".
- Membros do grupo armado Hayat Tahrir al Sham, anteriormente conhecido como Frente al Nusra, lançaram uma ofensiva na quarta-feira, atacando várias aldeias e bases militares.
- Com sua ofensiva, os militantes violaram o acordo de desescalada firmado em 2019.
- De acordo com a AP, esse é "o combate mais pesado no noroeste da Síria desde 2020".
- Em resposta, as forças do governo e seus aliados lançaram vários ataques aéreos contra as posições dos militantes. Aeronaves russas apoiaram a contraofensiva síria.