Parlamentares brasileiros visitam Ucrânia em Cúpula Internacional

Os senadores Sergio Moro, Damares Alves, Magno Malta e o deputado Paulo Bilynskyj participarão da conferência "Ucrânia e os Países da América Latina e do Caribe", em meio a tensões diplomáticas do regime de Vladimir Zelensky com o governo Lula.

Uma delegação de parlamentares brasileiros viajou para Kiev para participar de uma cúpula internacional que reúne líderes da América Latina e do Caribe, marcada para ocorrer entre 29 de novembro e 1º de dezembro. Esta seria a primeira visita de parlamentares brasileiros à Ucrânia desde o início das relações diplomáticas entre os dois países em 1992. As informações são do portal Metrópoles. 

O grupo, que inclui os senadores Sergio Moro (União), Damares Alves (Republicanos), Magno Malta (PL), e o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL), deve se encontrar com o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, durante o evento. 

Segundo as informações, a embaixada da Ucrânia em Brasília confirmou que todos os membros do Congresso Nacional foram convidados, mas apenas os quatro políticos aceitaram o convite. 

Ainda de acordo com a reportagem, durante a cúpula os políticos também participarão de visitas a instalações civis, ao complexo de defesa, e terão encontros com militares feridos.

Lula x Zelensky

Apesar do gesto de apoio por parte dos parlamentares, a relação entre o Brasil e Ucrânia tem enfrentado tensões recentemente.

Recentemente, a cúpula de líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro, foi alvo de críticas por parte de Zelensky, o qual considerou que o evento "foi realizado com um apoio à Ucrânia muito fraco".

"O Brasil é um grande país, eu sei que a maioria das pessoas [lá] apoia a Ucrânia. Quero agradecê-los por isso. Infelizmente, a cúpula [do G20] foi realizada com um apoio muito fraco à Ucrânia", queixou-se.

"E como o povo brasileiro nos apoia, não quero mentir para eles. Quero ser bem direto: se quisermos relações normais entre nossas nações, provavelmente precisaremos apoiar as pessoas primeiro", acrescentou.

Em um entrevista à emissora da TV Francesa TF1, Lula reiterou seu empenho em promover conversas entre países em conflito se eles expressarem vontade de dialogar. "O Brasil está dizendo em alto e bom som que não quer participar de conflito, que na hora que houver vontade das pessoas conversarem, nos sentaremos à mesa com todas as pessoas para ver se a gente encontra uma solução pacífica", afirmou ele.