Em outubro de 2024, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) do Brasil superou pela primeira vez a marca de R$ 9 trilhões, alcançando R$ 9,032 trilhões, representando 78,6% do PIB.
Esse aumento representa uma alta de 0,4% em relação a setembro e 4,2% em 2024. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira.
A DBGG abrange não apenas o governo federal, mas também o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e as administrações estaduais e municipais.
"Esse aumento decorreu principalmente da evolução dos juros nominais apropriados (+0,7%), do efeito da desvalorização cambial (+0,3%), do resgate líquido de dívida (-0,1%), e da variação do PIB nominal (-0,5%).", afirma o BC no relatório.
Ainda segundo a entidade, o aumento de 4,2% do PIB resulta sobretudo "da incorporação de juros nominais (+6,3%), da emissão líquida de dívida (+1,1%), do efeito da desvalorização cambial acumulada (+0,7%), do reconhecimento de dívida (+0,2%) e do crescimento do PIB nominal (-4,1%)"
A série histórica da DBGG, que começou em 2006, revela o aumento da dívida em diferentes administrações:
- Governo Lula (2007-2010): 674,9 bilhões de reais
- Governo Dilma (2011-2014): 1,241 trilhão de reais
- Governo Dilma e Temer (2015-2018): 2,020 trilhões de reais
- Governo Bolsonaro: 1,952 trilhão de reais
- Governo Lula (2023-atual): 1,807 trilhão de reais