Míssil Oreshnik fez a Europa refletir, diz primeiro-ministro húngaro
Os países ocidentais devem levar muito a sério as declarações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o uso do mais recente míssil balístico de médio alcance Oreshnik no conflito ucraniano, afirmou o primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban em uma transmissão à rádio Kossuth.
"Os russos lançaram um míssil do qual não sabíamos que éramos capazes. [...] Já me familiarizei com os parâmetros de uma ogiva nuclear desse tipo [Oreshnik] e não gostaria que ninguém a lançasse a milhares de quilômetros de distância", disse o primeiro-ministro, acrescentando que "essa demonstração da arma fez todos nós refletirmos".
"E eu realmente espero que isso faça com que não apenas nós, mas também os europeus ocidentais, sejam cautelosos", afirmou.
Orban destacou que as comunicações públicas são feitas de maneira diferente em cada país, mas "se na Rússia o presidente diz algo, não são palavras vazias. Não se trata de uma manobra de comunicação", completou o político.
O chefe de governo húngaro lembrou ainda que a Rússia possui um dos exércitos mais poderosos do mundo, além das armas mais modernas e destrutivas. Nesse sentido, ele acrescentou que os países que fornecem assistência militar à Ucrânia devem agir com prudência e bom senso.