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IBGE: desemprego no Brasil atinge menor patamar da história

Taxa de desocupação no país atingiu 6,2%, menor patamar da série histórica, apesar da alta na informalidade.
IBGE: desemprego no Brasil atinge menor patamar da históriaFernando Frazão / Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,2% no terceiro trimestre de 2024, entre agosto e outubro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e constam na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

O levantamento considerou pessoas com 14 anos ou mais.

O percentual, equivalente a 6,8 milhões de pessoas desempregadas, é o menor da série histórica iniciada há 152 trimestres móveis.

O recorde anterior foi registrado em 2013, quando a taxa de desocupação ficou em 6,3%, de acordo com o IBGE.

A pesquisa apontou um recuou do desemprego de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 1,4 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso, a população ocupada atingiu 58,7%, o maior percentual dos últimos dez anos.

O aumento no número de empregados foi observado tanto no setor privado, que reúne 53,4 milhões de trabalhadores, quanto no setor público, com 12,8 milhões de ocupados, segundo o IBGE.

Informalidade crescente

Apesar do avanço no número de ocupados, a taxa de informalidade chegou a 38,9%, o maior nível desde 2016. Esse índice inclui trabalhadores sem carteira assinada ou sem vínculo formal.

O IBGE informou ainda que o número de trabalhadores por conta própria se manteve estável em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, sem impacto relevante na taxa geral.

Fatores do crescimento

O crescimento do emprego foi impulsionado pelos setores da indústria, da construção civil e dos serviços. Esses segmentos criaram, juntos, 751 mil novas vagas de trabalho no período.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, os três setores responderam por quase metade do aumento total da ocupação no trimestre.

Alta no rendimento

O rendimento médio real habitual do trabalhador foi de R$ 3.225 no trimestre. Uma alta de 3,9% na comparação anual. Em relação ao trimestre anterior, o indicador permaneceu estável.

Já a massa de rendimentos, que corresponde à soma de todos os salários pagos, subiu 2,4% em relação ao trimestre anterior e 7,7% no acumulado do ano, conforme os dados do IBGE.

  • O IBGE considera desocupada a pessoa que não trabalha mas procurou emprego nos últimos 30 dias, anteriores à pesquisa.