O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira que ordenou às Forças de Defesa de Israel (FDI) que estivessem preparadas para responder com uma "guerra intensa" caso a trégua recentemente estabelecida no Líbano seja violada.
Em entrevista à televisão local, Netanyahu comentou os planos de Israel durante o período de cessar-fogo.
"O que faremos durante o cessar-fogo? Primeiramente, vamos nos rearmar. Atualizaremos as forças e aumentaremos nossa capacidade de produção interna. Ao mesmo tempo, receberemos armas, algumas das quais foram retidas, dos Estados Unidos", explicou.
Netanyahu também alegou que o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, grupo xiita libanês, foi assinado agora porque Israel já teria "atingido seus objetivos", sem apontar quais.
"Atacaremos o Hezbollah com grande força e, muito mais do que isso, criaremos as condições para o retorno de nossos residentes ao norte", disse.
O acordo, aprovado na quarta-feira, estabelece um período de transição de 60 dias. Durante esse tempo, espera-se que os militares libaneses reassumam o controle de partes do território que estavam sob ocupação israelense e que a infraestrutura militar do Hezbollah no sul do Líbano seja desmantelada. Em contrapartida, Israel retirará suas tropas das áreas ocupadas.
Entretanto, o Exército libanês emitiu uma nota na quinta-feira denunciando que, nos dias 27 e 28 de novembro de 2024, após o anúncio do cessar-fogo, o "inimigo israelense violou o acordo várias vezes por meio de ataques aéreos e atacando o território libanês com várias armas".