EUA preparam novo golpe contra setor de IA da China

De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, as novas medidas restritivas têm como objetivo afetar a produção chinesa de chips e seu setor de semicondutores

Os Estados Unidos planejam implementar novas restrições contra empresas chinesas envolvidas na produção de chips e no desenvolvimento de inteligência artificial (IA), com o objetivo de conter o avanço tecnológico da China. A informação foi divulgada pela Bloomberg nesta quinta-feira (28).

Segundo fontes ouvidas pela publicação, as novas medidas visam limitar a venda para a China de equipamentos destinados à fabricação de semicondutores e chips de memória utilizados em aplicações de IA.

As sanções também devem atingir alguns fornecedores da gigante chinesa de tecnologia Huawei. Entre os alvos potenciais estão duas fábricas de chips pertencentes à Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC), uma parceira estratégica da Huawei.

As fontes indicaram ainda que as restrições podem impactar fabricantes chineses de equipamentos para produção de semicondutores.

Outras possíveis medidas envolvem os chips de banda larga, fundamentais para o armazenamento de dados e o desenvolvimento de tecnologias de IA.

As sanções, que podem ser anunciadas na próxima semana, ainda estão em fase de definição, sem confirmação sobre quais empresas chinesas serão afetadas.

As medidas resultam de meses de negociações entre autoridades norte-americanas e aliados, além de um intenso lobby por parte dos fabricantes de microchips dos EUA.

Em resposta, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, afirmou que o país adotará as medidas necessárias para proteger suas empresas caso as restrições sejam impostas.

Ele criticou as ações de Washington, afirmando que elas prejudicam o comércio global, interrompem cadeias internacionais de suprimentos e afetam tanto as empresas estrangeiras quanto as norte-americanas.