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Milei afirma que seu desprezo pelo Estado continua 'infinito'
Em entrevista ao The Economist, o presidente argentino diz que age como uma "toupeira", destruindo o Estado de dentro para fora.
O presidente da Argentina, Javier Milei, declarou, em entrevista à revista britânica The Economist, que seu desprezo pelo Estado continua "infinito".
Pouco depois de comemorar seu primeiro ano no poder, o presidente comentou: "Tudo o que eu puder fazer para eliminar a interferência do Estado, eu farei".
Milei explicou a filosofia por trás de seu experimento radical, no qual ele age como uma "toupeira", destruindo o Estado de dentro para fora.
Para o presidente argentino, qualquer restrição à livre iniciativa empurra a sociedade para o socialismo, que ele rejeita. Ele chegou a afirmar que a economia neoclássica "acaba favorecendo o socialismo".
A revista britânica, que dedicou a capa de sua edição global ao mandatário argentino, que será publicada em 30 de novembro, destaca que Milei "está vivendo seu melhor momento desde que assumiu o cargo", já que "os mercados e os argentinos estão felizes", apesar dos contínuos protestos contra as políticas de seu governo.
"Todos os dias nós desregulamentamos e ainda temos 3.200 reformas estruturais pendentes", afirmou Milei.
A revista também destacou que o índice de risco-país da Argentina, medido pelo JPMorgan, caiu de cerca de 2 mil pontos quando Milei assumiu o cargo para 750 pontos agora, o nível mais baixo em cinco anos.
No entanto, também foi mencionado que a economia entrou em recessão neste ano, o desemprego aumentou e a proporção de argentinos pobres subiu para 53%, em comparação com 40% em 2023.
