Inteligência russa: Ocidente considera "ocupar" a Ucrânia

Os países ocidentais estão considerando congelar o conflito e enviar cerca de 100.000 soldados para a Ucrânia sob o pretexto de serem "mantenedores da paz", declarou o Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia.

A OTAN está cada vez mais inclinada para a necessidade de "congelar" o conflito ucraniano e pretende realmente "ocupar" o território do país eslavo, disse o Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR) na sexta-feira, citando seus dados.

"O Ocidente vê a realização de tal cenário como uma oportunidade para restaurar a capacidade de combate das Forças Armadas ucranianas e preparar Kiev para uma tentativa de vingança", diz a declaração da agência.

De acordo com o SVR, os países da Aliança já estão implantando centros de treinamento na Ucrânia, por meio dos quais "espera-se que pelo menos um milhão de ucranianos mobilizados sejam atraídos".

Além disso, a inteligência russa aponta que, para atingir seus objetivos, o Ocidente precisará de "uma ocupação real da Ucrânia". "É claro que isso será feito sob o pretexto de implantar um 'contingente de manutenção da paz' no país", observa a publicação.

Assim, de acordo com o SVR, planeja-se ceder a costa do Mar Negro para a Romênia e a parte ocidental da Ucrânia para a Polônia. Por sua vez, a Alemanha ficará com o norte e o leste do país eslavo, e o Reino Unido com as regiões do norte, incluindo a região da capital. Para isso, está planejada a introdução de 100.000 dos chamados "soldados da paz" na Ucrânia.

Ele acrescentou que, de acordo com as informações recebidas, os militares alemães estão estudando a experiência da Segunda Guerra Mundial, quando o regime de ocupação nazista foi estabelecido em partes da Ucrânia.

"Se a Rússia precisa dessa opção de acordo pacífico, a resposta é óbvia", concluiu o SVR.