Putin: a potência de um ataque massivo de mísseis Oreshnik pode ser equivalente a um ataque nuclear

O presidente russo, no entanto, especificou que o novo sistema de mísseis russo não constitui uma arma de destruição em massa.

O efeito do uso massivo do sistema de mísseis Oreshnik pode ser comparável ao uso de armas nucleares, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, em uma reunião com os líderes dos estados-membros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva no Cazaquistão, nesta quinta-feira.

"O míssil atinge até mesmo alvos altamente protegidos em grandes profundidades. De acordo com especialistas militares e técnicos, em caso de uso maciço desses mísseis em grupo, ou seja, várias 'nozes' agrupadas em um único ataque, o poder de tal ataque será comparável ao uso de armas nucleares", declarou o presidente russo.

Ao mesmo tempo, Putin enfatizou que o novo sistema de mísseis não é uma arma de destruição em massa.

"O Oreshnik certamente não é uma arma de destruição em massa. Em primeiro lugar, como foi confirmado pelo teste de 21 de novembro, é uma arma de precisão. E em segundo lugar, e isso é o mais importante, ele não tem carga nuclear e, portanto, não há contaminação nuclear após o uso", acrescentou.

Além disso, Putin revelou as características das novas armas de alta precisão.

"Dezenas de ogivas autodivididas atacam o alvo a uma velocidade de Mach 10, ou seja, cerca de 3 quilômetros por segundo.

A temperatura dos elementos de ataque chega a 4.000°C. Se não me falha a memória, a temperatura da superfície do Sol é de 5.500°C a 6.000ºC.

Portanto, tudo no epicentro da explosão se separa em frações, em partículas elementares, tornando-se, em essência, poeira", afirmou.