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Governo Biden prepara pacote recorde de ajuda militar à Ucrânia

Ajuda de 725 milhões de dólares inclui armas antitanque, drones e munições; envio busca "fortalecer Kiev" antes da posse de Trump.
Governo Biden prepara pacote recorde de ajuda militar à UcrâniaAP / Efrem Lukatsky

Os EUA estão preparando um novo pacote de ajuda militar para Ucrânia no valor de 725 milhões de dólares, informou a agência Reuters na quarta-feira, citando fontes próximas ao assunto.

Segundo as fontes, o presidente Joe Biden busca "fortalecer" a Ucrânia "o máximo possível" antes de deixar o cargo em janeiro. O pacote deve incluir diversos tipos de armas antitanque, como minas terrestres, drones, mísseis Stinger e munições para sistemas HIMARS.

Há ainda a expectativa de que Washington forneça a Kiev munições de fragmentação GMLRS, projetadas para serem disparadas a partir dos sistemas HIMARS, de acordo com as mesmas fontes.

O Congresso deverá receber uma notificação formal sobre o novo pacote de assistência militar na próxima segunda-feira. No entanto, o conteúdo e o valor do pacote ainda podem ser ajustados antes da aprovação final por Biden.

Os Estados Unidos não exportavam minas terrestres há décadas, devido ao risco que representam para os civis. No entanto, as minas enviadas à Ucrânia seriam do tipo "não persistente", com sistema de autodestruição em curto prazo.

Diferentemente das versões mais antigas, essas minas não permaneceriam no solo indefinidamente, reduzindo o perigo para a população civil.

O novo pacote "representa um aumento significativo" em relação aos recentes anúncios do governo Biden sob a chamada Autoridade de Redução Presidencial (PDA), que permite o uso de estoques de armas dos Estados Unidos para emergências em países aliados, destaca a Reuters.

"Os anúncios recentes da PDA geralmente variam de 125 a 250 milhões de dólares. Biden ainda tem entre 4 e 5 bilhões de dólares autorizados pelo Congresso para uso na PDA e deve utilizá-los antes da posse do presidente eleito republicano, Donald Trump, em 20 de janeiro", conclui o artigo.