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Justiça chilena investiga acesso ilegal a dados sobre suposto caso de assédio sexual de Boric

O presidente chileno negou as acusações de assédio sexual, e sua defesa alega que ele foi vítima de assédio sistemático por parte da suposta vítima.
Justiça chilena investiga acesso ilegal a dados sobre suposto caso de assédio sexual de BoricAP / Esteban Felix

A Justiça do Chile abriu uma investigação por "acesso ilegal" a informações sobre os antecedentes do caso contra o presidente Gabriel Boric, por suposto assédio sexual, informou na terça-feira a Procuradoria Regional de Magallanes e da Antártica Chilena.

Por meio de um comunicado, o ministério público da região sul esclareceu que "os antecedentes das pessoas que fazem parte de uma investigação criminal são reservados, portanto o acesso a essas informações é estritamente regulado por lei".

A investigação está sendo conduzida devido ao possível acesso "ilegal ou indevido" aos dados do caso em que o presidente chileno é acusado.

Boric rejeitou publicamente as alegações e negou os fatos denunciados por uma mulher no dia 6 de setembro, sobre episódios que teriam ocorrido entre 2013 e 2014. De acordo com o advogado de Boric, Jonathan Valenzuela, o presidente é inocente e não tem "nada a esconder".

Em declarações à imprensa, o advogado afirmou que seu cliente não tem contato com a suposta vítima há uma década. A versão da defesa é que, em 2014, a mulher enviou 25 e-mails ao atual presidente, alguns contendo "imagens de natureza explícita não solicitadas e não consensuais" de Boric.

Esses e-mails foram apresentados pela defesa do presidente à Justiça e revelados pelo site Meganoticias. Com base nessas evidências, o advogado de Boric está tenta provar que o presidente foi, na verdade, vítima de "assédio sistemático".