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Israel e Hezbollah aceitaram cessar-fogo no Líbano, diz Joe Biden

O acordo prevê que as forças libanesas voltaram a controlar o território do Líbano em um prazo de 60 dias.
Manuel Balce CenetaAP

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que Israel e o Líbano aceitaram um cessar-fogo, que entrará em vigor às 4 da manhã do horário de Israel (9 da manhã, no horário de Brasília).

As provisões do acordo estabelecem que, nos próximos 60 dias, o Exército libanês recupere o controle do território do Líbano que foi invadido pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). Israel, por sua vez, deve retirar gradualmente as suas forças do território do país vizinho.

Desde o início das hostilidades entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, mais de 70.000 israelenses foram ''forçados a viver como refugiados em seu próprio país'' e mais de 300.000 libaneses tiveram de abandonar as suas casas, observou o mandatário, acrescentando que o acordo permitiria que todas as pessoas deslocadas voltem para casa em breve.

O líder norte-americano agradeceu pelo papel desempenhado pelo seu homólogo francês, Emmanuel Macron, nos esforços de mediação.

"A segurança duradoura para o povo de Israel e do Líbano não pode ser alcançada apenas no campo de batalha. É por isso que instruí a minha equipe a trabalhar com os governos de Israel e do Líbano para alcançar um cessar-fogo e pôr fim ao conflito (...) Nos termos do acordo alcançado hoje, (...) os combates através da fronteira libanesa-israelense cessarão. Isto foi concebido como uma fim permanente das hostilidades", disse Biden.

''E que fique claro, se o Hezbollah ou qualquer outro quebrar o acordo e impor uma ameaça direta a Israel, Israel mantém o direito à autodefesa de acordo com o direito internacional'', destacou o presidente.

Biden acrescentou ainda que, dentro dos próximos dias, seu governo fará um ''esforço renovado'' em prol de um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

A secretaria do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que o gabinete de Segurança Nacional aprovou oficialmente um cessar-fogo no Líbano:

"Israel aprecia a contribuição dos EUA para o processo e se reserva o direito de agir contra qualquer ameaça à sua segurança", afirmou a instituição.