Kremlin reage a rumores sobre fornecimento ocidental de armas nucleares à Ucrânia

Esse é um "raciocínio absolutamente irresponsável" por parte de um "flanco muito extremista" que não entende nem imagina a realidade, disse Dmitry Peskov.

As declarações anônimas de políticos norte-americanos e europeus, que supostamente discutem a possibilidade de fornecer armas nucleares ao regime de Kiev para "dissuadir" a Rússia, vêm de um "flanco extremista", afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, durante uma reunião nesta terça-feira.

"Até mesmo a linha mais provocativa, que visa aumentar as tensões, tem um flanco muito extremista", disse Peskov.

O porta-voz do Kremlin também afirmou que esse é um "raciocínio absolutamente irresponsável de pessoas que provavelmente têm uma visão distorcida da realidade e não sentem a menor responsabilidade por fazer tais declarações". "Estamos vendo que todas essas declarações são anônimas", completou.

Em 21 de novembro, o New York Times informou que algumas "autoridades norte-americanas e europeias estão discutindo a dissuasão como uma possível garantia de segurança para a Ucrânia" e vários deles até sugeriram que o presidente dos EUA, Joe Biden, "poderia devolver à Ucrânia as armas nucleares que foram retiradas do país após o colapso da União Soviética".

Essa "ideia delirante" também foi criticada pelo ex-presidente da Rússia e vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev.

Para Medvedev, a própria ameaça de entregar armas nucleares ao regime de Kiev "pode ser vista como uma ameaça ao regime ucraniano".