O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou na segunda-feira negando saber de um suposto plano para assassinar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que teria sido articulado no final de 2022. Apesar de sua negação, Bolsonaro expressou preocupação com a possibilidade de ser preso.
"Essa historinha de assassinato de autoridades, no meu entender, foi jogado […] não cola isso daí. No meu entender, nada foi iniciado, não podemos querer agora punir o crime de opinião", declarou Bolsonaro a jornalistas ao chegar ao Aeroporto Internacional de Brasília. Quando indagado se tinha conhecimento do plano, ele respondeu: "Não, esquece. Dentro das 4 linhas não tem pena de morte".
Questionado sobre a possibilidade de prisão, Bolsonaro admitiu que isso poderia ocorrer "a qualquer momento", afirmando: "Eu posso ser preso ao sair daqui [do Aeroporto Internacional de Brasília]. Até você pode ser preso".
O advogado de Bolsonaro, Paulo Amador, expressou a expectativa de que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, adote uma postura mais ativa e equilibrada em relação à apresentação da denúncia.
Na última quinta-feira , Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal em um inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O relatório final do inquérito foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), onde o ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso, e deverá ser encaminhado à PGR (Procuradoria Geral da República) em breve.