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Rússia pode lançar vacinas contra câncer e alergia no próximo ano

Pesquisa russa foca em terapias adaptadas a códigos biológicos individuais; avanços também incluem vacina inovadora contra alergias.
Rússia pode lançar vacinas contra câncer e alergia no próximo anoGettyimages.ru / kremlin.ru

Um ciclo de três anos de pesquisa sobre a vacina contra o câncer foi concluído com a previsão de que o medicamento pode ser usado a partir do próximo ano, informou a chefe da Agência Federal Médico-Biológica da Rússia (FMBA), Veronika Skvortsova, nesta segunda-feira.

A chefe do FMBA afirmou que o desenvolvimento de medicamentos personalizados com base nos códigos biológicos individuais está sendo trabalhado de forma ampla, incluindo as oncovacinas.

Ela detalhou que quatro centros russos desenvolveram uma tecnologia para identificar as mutações que causam tumores em pessoas específicas.

A chefe da FMBA também explicou que a resposta imunológica varia de pessoa para pessoa. "Algumas pessoas precisam de uma resposta rápida, por mais curta que seja, e para outras precisamos ativar essa resposta em uma semana, duas semanas, para que dure três anos. Essas são abordagens diferentes, assim como as escolhas de antígenos", disse.

O ciclo de pesquisa foi finalizado e os testes em pacientes estão programados para começar no próximo ano. "Para garantir segurança completa, é necessário um ano adicional para reavaliar cada componente separadamente e em conjunto", ressaltou.

Vacina contra alergia 

Outro destaque apresentado por Skvortsova foi uma vacina combinada contra alergias, desenvolvida pelo Instituto de Imunologia da FMBA, considerada uma inovação no setor.

"A vacina contém dois fragmentos de proteína do antígeno do pólen de bétula e antígenos alimentares cruzados contendo sementes de frutas", afirmou, acrescentando que os testes têm mostrado resultados promissores em segurança e eficácia.

Os dados finais sobre o desempenho da vacina devem ser divulgados até o fim de junho de 2025. Se aprovados, os procedimentos para registro e aprovação do medicamento poderão ser concluídos até o final do próximo ano, afirmou a pesquisadora.