O candidato nacionalista independente à presidência da Romênia, Calin Georgescu, surpreendeu os observadores ao vencer o primeiro turno das eleições presidenciais no país. Com 99,99% dos votos apurados, Georgescu obteve 22,95%, de acordo com a imprensa local.
O candidato, que se posiciona contra a OTAN e a ajuda à Ucrânia, tem 3,78% a mais do que Elena Lasconi, a candidata reformista que avançou para o segundo turno com 19,17%, segundo as apurações. Georgescu também superou o atual primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, que obteve 19,15% dos votos.
Esses números contrastam com as previsões feitas por sondagens eleitorais, que apontavam a vitória de Ciolacu, com 24,3% de apoio.
A pesquisa, divulgada pela imprensa local em 21 de novembro, também indicava Lasconi e o candidato da extrema-direita, George Simion, como possíveis líderes da eleição. No entanto, todos foram ultrapassados por Georgescu, que, segundo as mesmas sondagens, receberia apenas 6,2% dos votos.
Postura contra OTAN
Georgescu tem sido um crítico ferrenho do papel da Romênia no conflito em andamento na Ucrânia. Ele argumenta que a OTAN e a União Europeia não representam os interesses da Romênia e sugere que a guerra está sendo manipulada por empresas de defesa dos EUA.
Em uma entrevista ao senador romeno Tudor Barbu, Georgescu chamou a OTAN de “a aliança mais fraca do mundo”, destacando a possibilidade de abandonar a organização, conforme informou a imprensa local.
Além disso, ele tem defendido uma campanha para reduzir a dependência da Romênia de importações e aumentar a produção interna de alimentos e energia.
Georgescu também ressaltou que a Romênia não deve se envolver no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.