"Cabeças quentes" cogitam enviar tropas da UE para a Ucrânia, diz porta-voz do Kremlin
Não há consenso entre os países da União Europeia sobre o envio de tropas para a Ucrânia, afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, acrescentando que aqueles que discutem essa possibilidade são "cabeças quentes".
"Anteriormente, é claro, propostas desse tipo foram levantadas em várias capitais europeias, mas também foram apresentados diversos contra-argumentos que não apoiam essa ideia. Portanto, não há consenso entre os europeus a esse respeito, embora, com certeza, haja algumas pessoas com cabeças quentes", explicou o porta-voz do Kremlin.
O jornal francês Le Monde informou nesta segunda-feira, com base em fontes militares, que as discussões sobre o envio de soldados ocidentais à Ucrânia foram reavivadas – o que poderia ocorrer na forma de contratados ou tropas regulares.
Segundo uma fonte, "as discussões entre o Reino Unido e a França sobre cooperação em defesa estão em andamento". O objetivo, acrescenta a fonte, é "criar um núcleo de aliados na Europa, focado na Ucrânia e na segurança europeia no geral".
O veículo também acrescenta que o temor de uma possível retirada de apoio à iniciativa por parte de uma futura administração de Donald Trump levou à retomada das conversas entre os círculos europeus.
Falando aos repórteres, Peskov afirmou que os relatórios devem ser vistos com certo ceticismo. "Não sabemos se esses relatórios são verdadeiros e do que exatamente eles estão falando", comentou.