Notícias

França propõe condições para uma trégua entre Israel e Hezbollah

O plano para prevenir um conflito "que corre o risco de ficar fora de controle" sugere completar três passos em 10 dias.
França propõe condições para uma trégua entre Israel e HezbollahGettyimages.ru / Spencer Platt / Staff

A França entregou a primeira proposta escrita a Beirute com o objetivo de pôr fim às hostilidades entre o movimento xiita libanês Hezbollah e Israel na fronteira do país judeu com o Líbano, informou a Reuters na terça-feira.

O documento foi entregue na semana passada a representantes do Estado libanês, incluindo o primeiro-ministro, Najib Mikati, pelo ministro para a Europa e Assuntos Estrangeiros da França, Stéphane Séjourné, disseram quatro altos funcionários libaneses e três franceses.

O plano, que estabelece o objetivo de evitar um conflito "que corre o risco de sair do controle", sugere completar três passos em 10 dias.

Primeiro, as duas partes deverão cessar as operações militares. Em segundo lugar, dentro de três dias, os grupos armados libaneses terão que retirar suas forças de combate pelo menos 10 quilômetros ao norte da fronteira e o Exército libanês começará a mobilização dos soldados no sul. Além disso, Israel terá que cessar os sobrevoos no território libanês.

Como terceiro passo, dentro de 10 dias, o Líbano e Israel retomarão as negociações para demarcar a fronteira terrestre "de maneira gradual" e com o apoio da Força Interina da ONU no Líbano (FINUL).

A proposta também exige um esforço internacional para apoiar a mobilização do Exército libanês com "financiamento, equipamento e treinamento". Também procura "o desenvolvimento socioeconômico do sul do Líbano".

A esse respeito, o alto representante político do Hezbollah, Hassan Fadlallah, afirmou que o grupo não discutiria "nenhuma questão relacionada à situação no sul antes que a agressão à Faixa de Gaza cesse". "O inimigo não está em posição de impor condições", acrescentou.

  • Desde o início dos combates em outubro, os ataques israelenses mataram cerca de 200 pessoas no Líbano, inclusive 170 combatentes do Hezbollah. Por sua vez, os ataques do Líbano mataram 10 soldados e cinco civis em Israel.