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MBL consegue número de assinaturas e deve criar partido político

O influenciador e ex-deputado estadual Arthur do Val é um dos principais nomes para o pleito presidencial em 2026.
MBL consegue número de assinaturas e deve criar partido políticoMovimento Brasil Livre

O Movimento Brasil Livre, que adquiriu projeção nacional durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rouseff, anunciou no sábado ter superado o número de assinaturas exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral para a criação de um partido político.

"O movimento afirma ter coletado 809.357 fichas de apoio, ultrapassando as 547.042 exigidas", escreve o portal Poder360.

De acordo com apuração da mídia brasileira, a legenda vai se chamar Missão, e planeja lançar candidaturas próprias no pleito de 2026.

Um dos principais nomes para candidatura à presidência do país é o influenciador e ex-deputado estadual Arthur do Val - que teve seu mandato cassado em 2022 depois de um áudio vazado em que falava sobre mulheres ucranianas. O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), por sua vez, pode participar da disputa pelo Senado Federal.

"Golpe da caneta"

De acordo com apuração do Intercept Brasil, muitas das assinaturas foram coletadas sob o pretexto de um manifesto em defesa da saúde e da educação, com abordagens que não faziam menção ao MBL ou à criação da nova legenda.

O veículo afirma ter conversado com "ao menos 13 pessoas que disseram ter sido enganadas da mesma forma: acabaram assinando o que pensavam ser um abaixo-assinado por melhorias na área de segurança, saúde e educação, e agora suspeitam que tenham sido usadas para ajudar na criação do Missão". 

Uma dessas pessoas é a pedagoga Laís Bezerra. Ela afirma ter sido abordada em um ponto de ônibus na cidade de São Paulo em abril deste ano, quando foi abordada por um jovem que dizia "coletar assinaturas para melhorias na educação e segurança".

"Ela assinou. Foi só em outro dia, após buscar no Instagram* o que era "Missão", que se deu conta de que ela poderia ter colaborado com a coleta de assinaturas para a fundação do partido do MBL", escreve o veículo.

*A Meta é classificada na Rússia como uma organização extremista, e suas redes sociais são proibidas em seu território.