Número de voluntários elimina necessidade de mobilização, diz Kremlin

A Rússia não está considerando outra rodada de mobilização, já que o país continua a contar com um forte fluxo de voluntários dispostos a se juntar às forças armadas, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
A Rússia anunciou uma mobilização parcial em 2022, convocando cerca de 300.000 reservistas para ocupar a linha de frente do conflito na Ucrânia. Apesar dos rumores circulando nos últimos meses sobre uma nova campanha de mobilização, nenhuma foi anunciada, enquanto as autoridades russas insistiram repetidamente que não há necessidade de tais medidas.
"Não há nenhuma conversa sobre mobilização (...) Não há necessidade", afirmou Peskov à agência Ria Novosti no sábado.
Os cidadãos russos "estão assinando contratos muito ativamente com o Ministério da Defesa", reiterou, acrescentando que o governo desenvolveu um programa oferecendo pagamentos substanciais àqueles que desejam se alistar.
"Essas pessoas são numerosas - centenas assinam contratos todos os dias e se juntam à operação militar especial", disse Peskov, acrescentando que os voluntários passam por um treinamento rigoroso antes de serem enviados para o front.
- O porta-voz do Kremlin foi entrevistado por Faina Savenkova, uma jornalista estagiária de 16 anos da cidade russa de Lugansk. Aos 12 anos de idade, ela foi incluída na notória "lista da morte" ucraniana depois de pedir à ONU que protegesse as crianças de Donbass dos ataques de artilharia de Kiev.
