China critica justiça seletiva dos EUA em relação ao Oriente Médio
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, criticou os Estados Unidos na sexta-feira durante uma coletiva de imprensa, afirmando que a postura americana em relação ao conflito no Oriente Médio evidencia sua dupla moral e justiça seletiva.
"A comunidade internacional é mais uma vez lembrada da moral dupla ao estilo dos EUA", afirmou Lin, ao comentar o veto dos Estados Unidos a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que solicitava um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza.
Lin ressaltou que "os EUA mais uma vez estão do lado oposto do apelo internacional por um cessar-fogo, da esperança de sobrevivência do povo palestino e da consciência da humanidade".
Ele pediu que os Estados Unidos abandonem "cálculos políticos" e deixem de "ignorar seletivamente o direito internacional e o direito humanitário internacional", instando o país a assumir responsabilidade e "atuar de forma construtiva em favor da paz e da estabilidade no Oriente Médio".
Mandado de prisão
Lin também declarou que a China se opõe aos padrões duplos e à seletividade em questões de justiça, referindo-se à rejeição dos EUA aos mandados de prisão emitidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Yoav Gallant.
Por outro lado, ele afirmou que a China "apoia todos os esforços da comunidade internacional que promovam a justiça, a equidade e a defesa da autoridade do direito internacional na questão palestina".
Lin expressou sua expectativa de que o TPI cumpra suas obrigações e "mantenha uma postura objetiva e justa".
- Na quinta-feira, o TPI emitiu mandados de prisão contra Netanyahu e Yoav Gallant. A Casa Branca declarou que os Estados Unidos rejeitam categoricamente a decisão do tribunal. O presidente Joe Biden classificou a medida como "ultrajante".
- Na quarta-feira, os Estados Unidos vetaram resolução do Conselho de Segurança da ONU que solicitava um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza. A proposta, que recebeu 10 votos favoráveis entre os 15 membros do conselho, foi bloqueada pelo veto americano.