Os Estados Unidos estão "aumentando ao extremo o nível de pressão e provocação militar" na península coreana, afirmou o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
Durante a abertura de uma exposição militar em Pyongyang, nesta sexta-feira, Kim declarou que "a atitude de confronto cruel e as aventuras militares dos EUA e de seus aliados ultrapassaram o nível mais alto", segundo a agência estatal de notícias KCNA.
Ele acusou os Estados Unidos de "expandir o sistema de aliança militar de intercâmbio nuclear para controlar a força da Coreia do Norte", além de "implantar vastos recursos de ataque estratégico e forças aliadas ao redor" do país.
"Nunca antes os dois lados beligerantes enfrentaram um atrito tão perigoso e agudo na península coreana, que poderia se transformar na mais destrutiva guerra termonuclear", afirmou.
Kim descartou que a atual "situação extrema" seja fruto de um "mal-entendido por parte do outro lado".
"Já fomos o mais longe possível nas negociações com os EUA, e o que nos convenceu, como resultado, não é a disposição da superpotência de coexistir, mas sua postura rígida de força e sua política agressiva e hostil em relação à Coreia do Norte, que nunca pode mudar", disse ele.
Classificando o cenário global como "o mais caótico e violento desde a Segunda Guerra Mundial", Kim atribuiu essa realidade às "táticas inescrupulosas dos Estados Unidos para manter o mundo inteiro em sua esfera de interesses".
Segundo o líder norte-coreano, "as forças reacionárias do Ocidente e do Oriente foram aliadas sob a liderança dos imperialistas americanos", com o objetivo de estabelecer uma "ordem mundial gananciosa e tirânica".
Nesse contexto, Kim Jong-un reafirmou o compromisso de continuar desenvolvendo as capacidades de defesa nacional e modernizando tecnologicamente as Forças Armadas do país, para enfrentar as ameaças militares e "quebrar a vontade do inimigo de usar a força".