Durante um evento realizado em Brasília nesta quinta-feira, o presidente brasileiro, Lula da Silva, reagiu à prisão dos militares que arquitetavam um suposto plano para matá-lo e tomar o poder através de um golpe de estado.
"Eu sou um cara que eu tenho que agradecer agora muito mais porque eu estou vivo. A tentativa de me envenenar, eu e o Alckmin, não deu certo e nós estamos aqui", afirmou.
"Quando nós disputávamos as eleições, Eu dizia que um dos meus desejos era trazer ao Brasil a normalidade, a civilidade democrática. Em que a gente faz as coisas da forma mais tranquila possível.
"Estupefato"
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse ter falado com Lula por telefone na terça-feira. Segundo o ministro, eles debateram vários assuntos, inclusive o tema da tentativa de golpe de Estado e o suposto plano para envenená-lo em 2022.
"Ele se mostrou absolutamente surpreso e estupefato com a dimensão do golpe", indicou o ministro.
Operação Contragolpe
Na terça-feira, a Polícia Federal prendeu cinco pessoas com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em uma investigação sobre uma organização criminosa supostamente envolvida em uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
Entre os detidos estão quatro militares das Forças Especiais do Exército, da ativa e da reserva, conhecidos como "kids pretos", além de um policial federal.
De acordo com Polícia Federal, o plano envolvia a tentativa de matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Ele teria sido impresso no Palácio da Alvorada e discutido com o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda durante seu mandato.